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24.3.07

Nunca mais.

Ela acorda e olha para o lado. Mais uma "daquelas noites" em que ela exagerou na dose e acabou levando uma pessoa qualquer pra cama. Sua cabeça ainda doía e seu estômago lhe dava a sensação de estar numa montanha russa.
Joanne não quis saber quem era, nem se era homem ou mulher, tinha medo que fosse mais um gordo seboso ou uma velha ninfomaníaca que pudesse atormentá-la querendo mais que um caso de uma noite só. Se levantou e foi em direção ao banheiro tomar um banho frio e tentar lembrar de alguma coisa. 20 minutos depois de ficar sentada no chão debaixo do chuveiro, vestiu uma calça jeans e camiseta e foi fumar um cigarro na janela do quarto ainda bagunçado. Ouviu uma porta se fechar e olhou em volta do quarto. Cama vazia, bolsa jogada no chão com seus pertences espalhados, inclusive uma carteira aberta e vazia. Sua carteira.

-Filho da puta!

Joanne desceu os 5 andares correndo de uma maneira que a lembrou de "Corra, Lola, Corra."
-Isso não é hora pra lembrar de uma coisa dessas. Vai atrás do filho da mãe! Ou seria ela?- Pensou.
Ao chegar no lobby do prédio, viu um vulto correndo e dando uma última olhada em sua direção. Culpado encontrado. Um rapaz aparentando uns vinte e poucos anos, estatura mediana e cabelos curtos crespos saía em disparada pelas ruas enquanto uma garota de cabelos castanhos o alcançava rapidamente.

Joanne não era feia, mas não era das mais bonitas. Foi esportista por um tempo até decidir jogar tudo pro alto, mas o preparo físico e sua disposição (e o belo corpo) ainda continuavam, o que era uma vantagem e um problema ao mesmo tempo, já que desde que decidiu aproveitar a vida e morar sozinha, começou a sair e beber descontroladamente, o que fazia com que tivesse muitos parceiros sexuais, de ambos os sexos e dos mais variados tipos, no bom e no mal sentido.

Com um chute nas costas o rapaz vai ao chão, mal se levanta e é atingido por um soco e levantado pelo colarinho, ficando totalmente sem reação. -Desgraçado! Entra na minha casa, dorme na minha cama e ainda faz isso! Tá pensando que é quem, moleque? Acha que só porque sou mulher vai sair assim na moral?
Mais três socos e o rapaz cai no chão, um pontapé no estômago e Joanne pega seu dinheiro do bolso do rapaz e segue de volta pra sua casa. Chegando lá, acende um cigarro, liga o aparelho de som, vai até a janela e enquanto cantarola Janis Joplin pensa sobre tudo que a levou a este estado.

Havia uns 5 anos, fora desiludida em todos os sentidos, tinha tentado suicídio depois de ter sido humilhada quando seu até então namorado caçoou e traiu-a com uma de suas amigas. Soube depois que a traição já durava pouco mais de um mês e todos os amigos de confiança de Joanne sabiam, mas preferiam não falar pois eram cúmplices do caso. Dois dias antes, seus pais haviam brigado e seu irmão mais velho fora agredido por seu pai, quando tentava defender sua mãe de um tapa. Ao final da discussão, seu pai saiu de carro de cabeça quente e bateu seu carro contra um caminhão. Sua mãe começou a se drogar e seu irmão era o único com quem podia contar agora.

1 ano depois, sua vida havia entrado nos eixos, com sua mãe numa clínica de reabilitação, seu irmão fazendo faculdade e cuidando da mãe, chegara a vez de Joanne passar a ser universitária. Estudou e passou em jornalismo numa universidade federal. Estava tão bitolada nesses últimos tempos que não tinha mais tempo para si, nem mesmo para dormir. Um dia num acesso de loucura disse: -Nunca mais - e se tornou na Joanne que não se importava com nada.

Hoje, pensava novamente em tudo que passou e decidiu mudar novamente, deixar de ser tão largada e voltar a se valorizar. Mais uma vez, disse: -Nunca mais.
Terminou seu cigarro e foi tomar café da manhã.

20.3.07

Lá vamos nós!

Ninguém pode mostrá-lo onde fica mas posso lhe apontar uma placa
No topo do mundo sem desígnio aparente
A definição congelada de uma ambição lunática que virá

O ar é rarefeito, o futuro obscuro, dimensão indefinida

Sobre uma montanha, envolto em raios solares
Além de sonhos elétricos de jogos de paixões inarticuladas
Descendo a montanha, eons* contendo um círculo humano
A conversa de planetas impassíveis é interceptada por um ser humano

O raciocínio é uma maneira praticável de derivar-se
Uma atitude de altitude e proibição por qual abide
Ou talvez uma aparição divina de um creosoto** flamejante disfarçado
O ar é rarefeito, o futuro obscuro, dimensão indefinida

Sobre uma montanha, envolto em raios solares
Além de sonhos elétricos de jogos de paixões inarticuladas
Descendo a montanha, eons* contendo um círculo humano
A conversa de planetas impassíveis é interceptada por um ser humano

Brilhando friamente na cristalina geometria da noite
Obscurecendo formas e tracejando medos sem rosto
De uma imensidade supra-humana num remendo de areia
Ou a ingenuidade de uma ave de rapina criando calafrios de intensidade
Sou apenas um visitante, um átomo de átomos numa saliente sinagoga de granito esparramada
Que se agacha literalmente dentro do espaço
Um gigante imoral, olhando em direção aos céus eternamente


Vamos onde a ave de rapina vai, à montanha em um brilho cósmico
Teremos um genuíno show terrestre na montanha, na montanha
Vamos varrer o horizonte de qualquer traço de projetos humanos
E tocar sobre temas imortais na montanha, na montanha

Sobre uma montanha, envolto em raios solares
Além de sonhos elétricos de jogos de paixões inarticuladas
Descendo a montanha, eons* contendo um círculo humano
A conversa de planetas impassíveis é interceptada por um ser humano

Na montanha.

____________________________________________________
*Eon - Um bilhão de anos (Definição de Era)
**Creosoto - Alcatrão refinado, formação sedimentar geológica

Tá chegando tá chegando tá chegando =~

Espero que seja logo confirmado o show do Bad Religion em curitiba. Assim que a venda de ingressos estiver liberada e os valores/horários acertados, vou comprar o meu, assim que puder.
Esse eu não vou perder de jeito nenhum. Nem que tenha que tirar dinheiro da unha.

E lá vamos nós gritar e ajoelhar na frente do palco ao som de In so many ways e Beyond Electric Dreams...


PRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOPRECISOMUITOIR!

19.3.07

Lá no alto.

Estão voando. Lá no alto. Nem sempre alto, mas sempre voando.
É, aquelas coisas inalcançáveis que ficam pairando tão longe e tão à vista, parecendo que estão ao nosso alcance, mas nunca conseguimos pegar.
Às vezes tão barulhentos que parecem martelar nossas cabeças a ponto de perdermos o sono, às vezes tão serenos que nos levam a uma tranquilidade sem igual. Alguns tão grandiosos que parecem poder nos levar ao topo do mundo, onde nada pode incomodar nem nos atingir. No fim, acabam por se mostrarem tão fracos que nos derrubam do ideal de topo e nos levam ao chão, duro e frio.
Alguns começam tão frágeis miúdos, mas demonstram tanta força que chegam ao ponto de levar-nos além do que podíamos imaginar.

Esses pensamentos. Tão inalcançáveis, que mesmo diante de nós, nos escapam. Algo como tentar agarrar o vento e acabar apenas sentindo seu frio.

Voem, pensamentos, voem!
__________________________________________
E enfim, o sono me toma e eu me perdi algumas vezes no meio dos delírios.

18.3.07

Anulação.

Favor desconsiderar o último post. Foi feito durante momentos de sono absurdo e eu não consegui expressar direito o que queria dizer. Na verdade não consegui expressar nada XD

17.3.07

Divagando.

Sobre a beleza.
Num modo geral, é considerado beleza tudo aquilo que é agradável aos olhos, não? Mas aos olhos de quem?
Além de ser algo que provoca divergências entre as pessoas, também é algo um tanto paradoxal.
Obviamente, existe a tal da beleza natural, cuja é a mais rara e a meu ver, é a beleza verdadeira. Botox, plástica, silicone, maquiagem e qualquer outra coisa que causa desconforto apenas para parecer mais belo, não deve ser considerado beleza.
Obviamente, todos devem ter cuidados com o corpo e tudo o mais, mas muitas pessoas quando se enfeitam (principalmente em festas chiques) acabam ficando tão diferentes do que são, que perdem a graça. Não sou contra modificações no corpo, como silicone e plásticas, creio que podem ser até necessárias em alguns casos, mas o que quero dizer é que a verdadeira beleza está em se sentir bem consigo mesmo, sem ter que ficar se equilibrando num sapato de salto agulha super alto, um vestido 3 números menor sufocante e algo no cabelo que parece arrancar o couro cabeludo, isso sem contar na grossa camada de maquiagem que parece uma máscara de porcelana.

Como o título do post já diz, estou apenas divagando já que a criatividade me abandonou por inteiro.
Ao menos eu postei, né?

Nádegas a declarar.

Já são 3 dias que começo a escrever algo e desisto no meio. Ontem mesmo escrevi umas 30, 40 linhas, apesar de estar lutando contra o sono, e desisti no meio, simplesmente apaguei tudo.
O maior problema de tudo isso é que eu ainda não sei o que escrever, por isso que neste exato momento eu escrevo, apesar de não escrever nada, é alguma coisa. Interessante, né? (não.)

A tal da criatividade realmente parece ter me abandonado por algum motivo que ainda desconheço. Engraçado é que eu escrevi tantas coisas, mas desisti por ter achado uma bosta, e realmente ficou uma bosta e agora eu simplesmente escrevo minha falta do que escrever.

Pois é.
Espero que desça alguma luz divina que vai me dizer sobre o que escrever.

12.3.07

Edgar, o digitador.

Cocô.
Foi como começou o dia de Edgar, pisando no cocô de cachorro que se encontrava na calçada em frente ao portão de sua casa. Um garoto, franzino e alto, de óculos e uma mochila surrada nas costas, fechava apressado o portão de sua casa enquanto praguejava por ter sujado seus pés no cocô de cachorro e culpava o relógio por não ter despertado. Estava atrasado para o trabalho, levantou correndo, tomou uma rápida ducha e não comeu nada antes de sair de casa. Estava com fome, com sede e com sono, pois ficou até tarde lendo textos necessários para algumas aulas da faculdade.
Corria quase sempre até o trabalho e chegava em cima da hora, sempre a tempo de encontrar os outros funcionários do prédio na entrada. Entrava e subia as escadas para chegar até a pequena sala sem janelas onde passaria cerca de oito horas todo dia. Era digitador de um pequeno escritório de contabilidade e mal sentava-se em sua minúscula mesa quando uma pilha enorme de documentos desabava pesadamente aos seus pés. Seu chefe já mal-humorado, resmungava que precisaria logo dos documentos no sistema, já que boa parte dos documentos, ainda era persistentemente digitado em máquina de escrever, devido a falta de capacidade de seu chefe usar o computador.
"Nada substitui a máquina de escrever" dizia Seu Edson, o grisalho e resmungão contador que chamara Edgar para trabalhar em seu escritório em troca de um salário que pagaria pouco menos da metade de sua faculdade.
Edgar não era satisfeito com seu trabalho, "Melhor que nada" dizia, mas sua insatisfação aumentava a cada dia, visto que muitas vezes era obrigado a levar trabalho pra casa ou mesmo ficar até mais tarde para que terminasse o trabalho e ter o outro dia mais tranqüilo. Doce ilusão, Seu Edson tinha a capacidade incrível de fazer surgir trabalho quando Edgar se adiantava, não necessariamente como digitador, mas para corrigir, fazer entregas ou mesmo fazer o cafézinho para os clientes.
Enfim, naquele dia Edgar estava realmente atrasado e tudo estava dando errado, mais errado que o normal, levava 15 minutos para chegar ao trabalho correndo, porém faltavam 12 minutos para começar seu horário e Edgar ainda não havia fechado o portão, nem trancado e precisava limpar seus tênis. Procurou a chave em sua mochila e não encontrava, 11 minutos. Olhou em seus bolsos, finalmente, encontrou a chave, trancou o portão e saiu em disparada ao trabalho.
10 minutos, chegou à rua que quase sempre atravessa direto, pois pegava pouco movimento, por sorte ou coincidência de horário, mas não hoje, estava atrasado e a rua estava mais movimentada que nunca. 8 minutos, uma brecha no trânsito e Edgar sai correndo para chegar ao outro lado, onde um ciclista quase o atropela, para a bicicleta e começa a xingar Edgar. Normalmente teria pedido desculpas ou mesmo ignorado, mas não se sabe se foi o acúmulo de fatos desagradáveis durante o dia ou durante os últimos meses. Edgar lançou sua pesada mochila, forrada de papéis, em direção ao ciclista enfurecido, que caiu no chão com um baque. Ainda atordoado, o ciclista se levantou, subiu em sua bicicleta e correu assustado, diante de tão surpreendente ato.
5 minutos, Edgar continou a correr, pisou em poças d'água e molhou suas calças, tênis e meias, mas não podia se importar com isso, estava muito atrasado. 1 minuto, arfando, suando e cansado, sua corrida ainda não havia terminado, estava pensando em uma desculpa para dar ao chefe por chegar 2 minutos atrasado. Não foram 2 minutos de atraso, mas 4, coisa que nunca havia acontecido. Seu Edson estava vermelho, esperando na porta do escritório e ao ver seu funcionário, começou a gritar e chamar Edgar de imprestável, dizendo que não servia para nada a não ser fazer um café fraco e ruim.
As palavras de Edson pareciam não sair, pois Edgar não escutava mais nada, apenas seus pensamentos, que corriam a mil por hora; todos aqueles pensamentos que ficaram reprimdos, todas aquelas coisas que queria falar mas não tinha coragem, tudo estava tão claro agora.
Edgar não se lembra do que aconteceu ao certo, apenas lembra de ter começado a falar algo e de ver a expressão de Edson mudar de indignação para intimidação e as únicas palavras que lembra são três, a última coisa que diria a Edson para nunca mais vê-lo:
"Eu me demito."
E saiu feliz em direção a sua casa, onde dormiria até a hora do almoço e relaxaria até que chegasse a hora de sua aula.

11.3.07

Tempos Modernos.

Mauro não é aquele cara que você encontraria na rua, andando de chinelo, bermuda e camiseta regata num domingo à tarde, enquanto toma um sorvete. De fato, ele não é um cara que você encontraria na rua, pois o país tá muito violento, sabe? Vê só, esses dias, uma tia disse que o vizinho foi assaltado na entrada de casa e ficou amarrado por duas horas! Outro foi abordado por três homens mascarados e ao tentar reagir, levou três tiros e ficou em coma por duas semanas. As notícias do gênero se renovavam, e apesar de nunca conhecer ninguém que tivesse passado por tal situação, foi se fechando cada vez mais em casa.
Seu padrão de vida não é dos piores, trabalhou muito pra chegar onde está e conseguiu uma casa grande e bonita, mas nunca teve tempo de constituir uma família, pois estava muito ocupado trabalhando. Assim que sua vida estabilizou e tinha condições de trabalhar menos e ainda assim se manter, decidiu entrar no fantástico mundo da internet, era perfeito, já que não era necessário sair na rua para se comunicar com o mundo todo. Criou orkut, msn, fotolog e myspace, até que começou a receber e-mails com notícias sobre golpes pela internet: Um amigo encaminhando um e-mail que dizia "Urgente! nova fraude!" e falava sobre um golpe onde bandidos roubavam e cometiam vários crimes com informações pessoais de qualquer um que pudessem encontrar na rede. Chegaram muitos e-mails do gênero naquela semana, muitos afirmavam que aconteceu com o primo, ou o vizinho, ou um amigo e que estavam presos até hoje. Mauro ficou preocupado, pois não queria perder sua liberdade e então deletou seu Orkut, msn, fotolog e tudo o mais que pudesse ter seu nome. De tão preocupado, nunca mais ligou o computador, com medo de que alguém pudesse invadí-lo e roubar seus dados. A essa altura, já não saía mais de casa, pois apesar de ter um carro blindado e um sistema de segurança de última geração, tinha medo que tivesse o carro sabotado, já que todo sistema tem alguma brecha.
Mauro decidiu então viajar e começou a procurar alguma companhia aérea que pudesse levá-lo para bem longe, onde pudesse esfriar a cabeça e esquecer os problemas do mundo. Lembrou-se então dos desastres aéreos que ouviu falar e dos perigos de seqüestros de avião. Desde o 11 de setembro, voar de avião nunca mais foi a mesma coisa, certo?
Mauro então decidiu dar uma volta para espairecer, contratou de última hora 4 seguranças dos mais recomendados para dar uma volta no parque mais próximo.
Chegou ao parque vestido de uma maneira que há muito não vestia: Tênis para correr, bermuda, camiseta e boné. Fez um breve aquecimento e começou a correr. Nos primeiros minutos da corrida, se sentiu livre como há anos não sentia e parecia que estava mais vivo que nunca, tinha liberdade, tinha saúde.
A 45 metros de distância dali, havia um buraco no chão, insignificante, diante das dimensões do parque. Mauro corria tranqüilamente - acompanhado de seus seguranças à paisana, que se comunicavam discretamente pelo rádio atentos a qualquer perigo - em direção ao inofensivo e quase imperceptível buraco, cujo seu pé se encaixou perfeitamente, prendendo seu pé e lançando Mauro a uma considerável distância, seguindo um trajeto direto à uma superfície pontiaguda de uma pedra, no canto da estrada.
Mauro morreu de traumatismo craniano. A pedra passa bem.

9.3.07

Criatividade x Capacidade de Criação

Divergências ocorrem quando se fala em criatividade.
Normalmente é denominado criativo, aquele que tem facilidade em inventar coisas, no meu caso, textos e arte gráfica. O grande problema da criatividade é que não se trata de um poço inesgotável de idéias, mas sim a união de várias referências, conceitos e coisas que podem ser consideradas interessantes ao criador.
Já a capacidade de criação, se trata de algo não necessariamente proveniente do criativo, mas sim daquele que absorve referências e cria aquilo que lhe é solicitado ou é desejado para satisfação própria.
Quando se é alguém com uma jornada laboral de 8 horas e meia ao dia, 5 vezes por semana, acrescentando mais cerca de 4 horas de aula, 6 vezes por semana, o tempo necessário para absorver novas idéias e renovar a criatividade é escasso, tornando o criativo improdutivo.
Além do mais, após um trabalho terminado, com sua idéia ainda fresca na cabeça, é necessário partir para o próximo, sem levar nada do anterior. Não é nada fácil ter duas idéias geniais (ou nem tanto) totalmente diferentes sem uma pausa ao menos de poucos minutos.

Sou a favor de horários mais flexíveis que possam refrescar a cabeça dos criativos e torná-los mais produtivos.
8 horas diárias nonstop já são maçantes o suficiente, uma pessoa não tem tanta capacidade criativa para tantos trabalhos diferentes e seguidos.

6.3.07

Xenofobia

Após um incidente inusitado durante a jornada laboral, minha mente perturbada e confusa iniciou um pensamento ainda não bem-definido sobre como as pessoas conseguem ser preconceituosas e arrogantes quanto a algo que lhes é desconhecido.

Por sinal, nada pessoal, mas será que a maioria dos designers (os formados, ao menos) tem complexo de superioridade? Alguns que eu conheço são bem metidos a "eu sei tudo e você não sabe nada. E mesmo que eu não saiba sobre o assunto, você sabe menos. E não teima comigo."

Mas enfim, o que eu queria falar sobre nesse post é uma modinha. Modinha essa, que eu prefiro acreditar que já passou é a "eu odeio tal país porque ele é blá blá blá."
O mais insuportável eram as críticas contra os Estados Unidos (confesso que eu tinha meus argumentos infundados contra, mas isso é outra história e já é passado.) que ainda existem para algumas pessoas, inclusive a do incidente de hoje.
Ocorreu uma discussão imensa entre eu e mais outra pessoa quanto ao fato de eu ter escrito em inglês para tornar o entendimento acessível a todos, num site onde a língua predominante é o inglês e apenas por causa disso, a criatura bradava "Não tem amor ao país? Ianque de merda" e coisas do gênero.
Então quer dizer que devemos fazer o que os turistas que vão à França reclamam. Falar somente a língua pátria e criar mais barreiras na comunicação. Ceeeerto.

Provavelmente ele nem sabe direito o que é um Ianque, se é que tem alguma idéia.

Sugestão de passatempo para os que gostam de queimar os neurônios e exercitar a lógica:
www.deathball.net/notpron
É mais um daqueles famosos jogos de Riddles onde deve se adivinhar como chegar ao próximo nível.

2.3.07

Crescer.

Desde pequenos, quando nos deparamos com restrições devido a idade ou responsabilidade ou qualquer outra coisa, acabamos dizendo: "Droga, não vejo a hora de ser mais velho/maior de 18/qualquer outra coisa no gênero".
E finalmente chegamos na idade que era necessário pra ter toda a diversão e liberdade que queríamos, certo? É. Mas aí você tem que começar a trabalhar pra sustentar a diversão e os estudos necessários/desejados, aí a diversão e liberdade diminui novamente, deixando-o a mercê de horários e compromissos.
É nessa hora que você começa a dizer: "Quero voltar! Me deixa voltar! Não quero mais brincar de ser grande!"

Existem as exceções, se você for um filhinho(a) de papai mimado que não precisa trabalhar nem estudar e pode ficar o dia todo fazendo o que quiser e ganhar tudo, ótimo, meus parabéns, você tem uma vida boa, vazia, mas boa.

Apesar de todas as responsabilidades, stress, cansaço físico e mental e preguiças, você se sente realizado por não ser um inútil e estar fazendo algo da vida.

Mas umas férias cairiam bem.

Agora levanta da cadeira e vamos dançar com hits do oriente médio.
Com direito a efeitos especiais dignos de indicações ao Oscar e prêmios do gênero.
Senhoras e senhores, lhes apresento Daler Mehndi - Tunak tunak tun

1.3.07

Felicidade e Admiração.

Lost é a coisa mais linda que existe. Só.
Doukustu Monogatari (Cave Story) também é a coisa mais linda que existe, mas em categorias diferentes.

Odeio o fato de ter perdido pedaços do episódio por estar jogando, mas finalmente consegui as coisas fodas do jogo e também tô mega empolgado. Achei melhor parar e deixar o final fodão pra amanhã, isso é, se eu não acabei com tudo e o final acabar sendo igual.

Enfim, só vim compartilhar minha felicidade e admiração.

Ah é, eu coloquei adsense no blog. Vamo ver se dá ao menos um dinheirinho =D